Diário nos Bairros

Ruas esburacadas causam transtornos a moradores do bairro Boi Morto

Está difícil andar pelas ruas do Bairro Boi Morto, em Santa Maria. Com mais de 2,5 mil habitantes e seis unidades militares, o local é movimentado, o que acaba prejudicando a pavimentação das vias. Conforme a moradores, há mais de 10 anos, as ruas não recebem manutenção. Além disso, o bairro está sem esgoto fluvial e cloacal.

_ Eu já levei vários ofícios, abri vários protocolos, mas, até agora, nada foi feito _ reclama Deonir Trindade Maurer, que há quatro anos está a frente da Associação dos Moradores da Vila Cauduro e, há 21, mora no  local.

Patrimônio da cidade sofre com a buraqueira e abandono

Um trecho da Rua Rádio Guarathan está quase intransitável. Os buracos ficam um bem próximo do outro. Para evitar prejuízos nos veículos, os motoristas precisam andar devagar e escolher qual buraco desviar e quais deles encarar. Além disso, na mesma rua existe uma ponte que está sem tubulação definida e guarda-corpos. Os moradores dizem que crianças já caíram no local. 

Ponte sobre a Rua Rádio Guarathan não conta com proteção lateral Foto: Gabriel Haesbaert / NewCo DSM

Na mesma rua, há meio século, mora Dalmiro Teixeira Avello, 52 anos. Em dias de chuva forte, o pátio da casa  em que ele vive com a mãe, que é cadeirante, alaga totalmente, impedindo a passagem. E, quando não chove, o problema é a poeira, que toma conta de tudo. 

_  Tem bastante movimento, então, precisamos manter a casa sempre fechada em razão do pó _ reclama ele.

Os moradores das ruas E, G, Natal e Francisco Fagundes da Cunha também sofrem com a poeira constante e os inúmeros buracos na via. Além disso, o ponto de ônibus da Rua E fica alagado com frequência. Há pontos das ruas em que o transporte coletivo quase não consegue passar. 

POEIRA: Moradores das ruas Natal (à esq.) e G, que são movimentadas, reclamam da poeira que toma conta das casas Foto: Gabriel Haesbaert / NewCo DSM

Todos esses problemas com as ruas acabam afetando também os comerciantes do bairro. É o caso de Ari Oliveira de Camargo que, há 12 anos, tem um mini-mercado e, nos últimos anos, vem enfrentando problemas com os fornecedores.

_ Eles alegam que o acesso é muito ruim, cheio de buraco e pedras soltas. Os fornecedores já não vêm mais aqui, deixam a mercadoria no outro estabelecimento da família, na Vila Rossi, e o pessoal de lá nos manda as mercadorias três vezes por dia. Se não fosse pelo mercado de lá, nós teríamos que fechar aqui. 

Rua do Bairro Nova Santa Marta sofre com os buracos 

Outra reclamação dos moradores são as placas das ruas, que ou não existem ou já estão enferrujadas. Isso dificulta o acesso de visitantes ao bairro, que é formado pelas Vilas Cauduro, Santa Catarina, Boi Morto, Querência e Rincão dos Bentos.

O QUE JÁ FOI FEITO E O QUE FALTA FAZER

Segundo a prefeitura, as ruas Rádio Guarathan e Francisco Fagundes da Cunha já receberam, em março e junho, manutenção feita por uma equipe da secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. Na ponte da Rádio Guarathan, foram colocados tubos provisórios de concreto. A prefeitura analisa a instalação do guarda-corpos, mas não há data nem recursos para o serviço. 

O QUE DIZ A PREFEITURA

Sobre as ruas G, Rádio Guarathan, Natal, Francisco Fagundes da Cunha

Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as ruas G, Rádio Guarathan, Natal e Francisco Fagundes da Cunha devem receber os serviços de patrolamento, empedramento, compactação e limpeza dos bueiros em outubro deste ano. Além disso, a Rua Francisco Fagundes da Cunha deve receber uma camada asfáltica. A rede pluvial da Rua Guarathan deve ser expandida, mas o Executivo não tem data nem orçamento para a obra, assim como para a construção da rede da Rua G. A responsabilidade do esgoto cloacal da Rua Natal é da Corsan. Porém, conforme o engenheiro Luiz Pedro Sangoi Londero, a companhia não abrange a área. A orientação é que os moradores instalem filtros e fossas para não contaminar o meio ambiente.

Semana começa com rajadas de vento de 68km/h, calorão e chuva

 Sobre a Rua E

Conforme o vice-prefeito Sergio Cechin, que coordena o Núcleo de Avaliação e Prevenção de Desastres (NAP-Desastres), este local não foi identificado como ponto de alagamento da cidade, por tratar-se de uma situação pontual de entupimento de esgoto pluvial e cloacal. Ele diz que uma equipe da pasta irá fazer uma vistoria no local, para avaliar a necessidade de intervenção.

Sobre a as ruas sem placas

Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana do Município, o contrato de concessão com a empresa contratada para fornecer placas de identificação para a prefeitura, que era de 10 anos, encerrou em dezembro do ano passado. Agora, a pasta dará encaminhamento para a abertura de um novo processo licitatório, para escolher a empresa que passará a fornecer os materiais.

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